A PARADA DOS KEBABS

A PARADA DOS KEBABS

— Mano, por que tem kebabs no meu armário?
— Não sei, Minoro. Tem muitos?
— Aveão! Tem uma porrada deles!
— Não precisa gritar, cara. O que aconteceu?
— Na gaveta também colocaram! Filhos da mãe! Se eu pegar os cretinos...
— Chama o novo supervisor, Minoro. Isso vai dar problema.

O supervisor

— Sr. Youssef? Bom dia. Olhe aqui, espalharam kebabs no meu cubículo!
— Eu saber, sr. Minoro. Sr. Youssef quem pôs.
— Ah, muito obrigado, senhor. Até dei um berro de nervoso...
— Foi o que te falei sobre agora pouco: não precisa gritar, cara.
— Você ouviu o meu colega de trabalho do outro lado do tapume dizer isso?
— Eu estar disfarçada de terceira personagem, sr. Minoro. E não temos mais funcionários. Aqui... pronto... Viu? Sr. Youssef tirou o tapume. Sem colega!

Após o almoço.

— Então, Minoro, resolveu a parada dos kebabs?
— Mais ou menos. Fiz uma quentinha com eles e coloquei Hot Rolls no armário e na gaveta, malignamente.
— Mermão, pra quê isso?
— O sr. Youssef vai chegar daqui a pouco, vai ficar doido.
— Minoro, vão desconfiar do supervisor. Tipo, ele pode ser um quarto personagem, que pode ou não ser o sr. Minoro. Se trocar os Hot Rolls por kebabs, com certeza o sr. Youssef vai assumir que foi ele que colocou.
— Aveão! Essa ideia tá fechada. Vou até compartilhar nas minhas redes...
— Espera! Bota o meu tapume de volta.
— Já é, Sidney.