quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

||||5 filmes visionários|||||



JCSS - A estrela do futuro

"No ano de 2.235, a religião é apenas um grão de areia esquecido num passado primitivo. Até o dia em que um grupo de jovens arqueólogos encontra, em meio a ruínas, um disco brilhante entitulado: DVD Jesus Cristo Superstar. A partir deste achado, a humanidade se transforma numa quimera."

155 min.
Horror/Drama


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Blitzkrieg BOPE


Finalmente o grupo Neonazi paulistano Sopas consegue clonar Hitler, dando inicio a uma sanguinária guerra no coração de São Paulo, na rua 25 de Março. Em plena época de eleição, nove vereadores se juntam para criar o Blitzkrieg BOPE e então combaterem a ameaça.

98min.
Aventura/Guerra/Comédia


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Gole, gole, gole


Ser jogador de futebol ou ser cachaceiro? Para Isidoro, o ideal é juntar as duas coisas, mesmo que as partidas tenham que ser dentro do boteco do Seu Albertinho. O que começou como piada, tornou-se febre nacional, com torcida, jornalistas, quebra pau e muita cirrose nos dez metros quadrados daquele famoso recinto.

117 min.
Comédia


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A paranga de Troia


Uma multidão enfurecida com o governo se organiza para um novo Black Bloc. Junta-se ao movimento outra multidão, a favor da legalização da maconha. O governo tenta uma derradeira tática de infiltração: reúne 5 de seus melhores homens e os enrola no maior baseado do mundo. Com tudo pronto, resta serem carregados pelas ruas e colocarem ordem na casa antes de serem queimados.

130 min.
Suspense/Ação


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Prainha paulista


Vinte anos após o mar engolir metade do país, os cidadãos da cidade de São Paulo ainda ficam em dúvida se choram os milhões de mortos ou curtem o sol nas areias da avenida Paulista. Mal sabem eles que um mal maior está por vir: Turistas mineiros mutantes.

85min.
Fantasia/Horror

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

No teatro moderno, última cena:



"Nossa! Gente, vem ver, caguei sangue!"

"Mentira! É que comi beterraba"

&FIN&

As cortinas fecham, aplausos efusivos.

Intervenção


Vinha certa feita o U andando pela rua.
U_ _ _ _ _ _ _
Lá na esquina ele avistou seu amor platônico, o V.
_ _ _U_ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ V
U preparou-se para passar com pompa por V e então desferir algum galanteio corajoso.
_ _ _"Ú"_ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ V
Quando passou por V, piscou e mandou um beijo no ar.
_ _ Û*_ _ V
Mas V riu desbragadamente de U. Pois na cola de U, e só então ele percebeu, vinha o zoador C.
_ CU_ _ V
U pôs-se em fúria e já ia partindo para briga. No entanto, juntaram-se a eles o O e o E. Separando-os. E a partir deste momento, não teve outro meio, senão irem todos parar na feijoada.
_COUVE_


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Como* um cavalo louco



*


Pisei na poça matinal. Pisei com gosto. As gotículas meio esgoto, meio chuva de verão, voaram até o meu joelho. Graças à impermeabilidade de meu sapato, a meia foi poupada. Não sei como agir após pisar numa poça, pelo menos não racionalmente. É instintivo, uma blasfêmia breve e o chacoalhar da perna para livrar-se do excesso. Contemplei meu próprio azar. Neste momento irritante, uma freada e uma buzina esganiçaram.

O vidro do carro vermelho abaixou e o som alto da musica avançou na esquina. Tocava um refrão redundante “uhu uhuhu, uhu uhuhu, uhu uhuhu”. De olhos esbugalhados, tanto quanto os meus quando o vi, um Buldogue Francês arfando com a língua desajeitada no canto da boca. As duas patas no volante, olhando para mim. Disse o Buldogue Francês: “Bonjour garçon, não há tempo para explicar, entre no carro, barf!”

Recolhi o queixo caído no chão e entrei automaticamente no lado do passageiro. Entrei, mas deveria estar trabalhando (Foi a primeira coisa em que pensei). O cachorro tinha urgência; ponderei e relaxei. O carro arrancou e me deu um calafrio ao observar os pedais acionados por grandes tamancos presos com tirinhas de couro nas patas do buldogue.

Então estávamos a toda velocidade na avenida. Aproveitei para perguntar o motivo da aventura. No entanto, a aparente habilidade de conversa do buldogue transformou-se novamente em latidos desconexos e saliva escorrendo em todo volante e em parte do painel. Melhor seria tomar as rédeas do carro, só que antes do controle, fomos executados por um poste. “BAM”... E o airbag me salvou. Menos sorte para o Buldogue Francês, que foi catapultado pelo vidro e rodopiou inúmeras vezes até cair num bueiro. Zonzo, com o nariz inchado, os joelhos em cacos, eu cambaleei para fora do veiculo.

Um pequeno elefante pairava no ar preso por dúzias de bexigas. Disse o elefante: “Não há tempo para explicar, agarre meu rabo”. Agarrei. Fomos lentamente para o alto, rentes a um prédio comercial. Uma das janelas no vigésimo andar foi aberta e uma cozinheira segurou minha perna. “Não há tempo para explicar, pule nessa panela”.

Pulei na janela e em seguida saltei para a panela. Lambuzado de azeite, acompanhei uma reunião política em meio à cebola e alho picados. Um dos mediadores me abordou: “Não há tempo para explicar, entre na urna eletrônica”. Pelo pequeno visor, observei o trajeto por dentro da cidade. Estava armazenado em um furgão, chacoalhando pelas curvas. Pude ver pela janela o prédio onde trabalho. Eu deveria estar trabalhando (Foi o que pensei naquele instante). Fui posto no almoxarifado de uma escola pública. Após um bom tempo, enfezado que fiquei, estourei aquele invólucro e sai pelo pátio do colégio. Um garoto comendo pão com presunto me abordou. “Não tenho tempo pra explicar, entre no meu lanche”. O lanche estava no fim e fui engolido pela criança. Apenas quando estava em sua casa, pude reconhecê-lo, o filho de meu patrão. Antes das dezoito horas, caí na privada. Diversos germes me cercaram e disseram em coro: Não temos tempo para explicar, pule na merda e FLUUUUUUUUUSHHHHH.

Depois disso, incrível, fui parar em meu escritório, oito da manhã, segunda feira. Palhaços invadiram a empresa. Todos ficamos assustados. O elevador abriu em meu andar. Um pequeno fusca saiu dele. Parou ao meu lado. Um palhaço gordo desceu o vidro, bem ao meu lado: “Entre no porta-luvas, não tenho tempo pra explicar”. O fusca foi andando bem devagar pelos corredores enquanto eu me ajeitava. Havia pelo menos vinte palhaços naquele fusca. O gordo motorista arrancou de uma vez e estourou o vidro do décimo segundo andar. Tudo espatifou-se na calçada. A chuva caia gelada. Pisei na poça matinal. Pisei com gosto. As gotículas meio esgoto, meio chuva de verão, voaram até o meu joelho. Graças à impermeabilidade de meu sapato, a meia foi poupada. Não sei como agir após pisar numa poça, pelo menos não racionalmente. É instintivo, uma blasfêmia breve e o chacoalhar da perna para livrar-se do excesso. Contemplei meu próprio azar. Neste momento irritante, uma freada e uma buzina esganiçaram. Ah, sim. Um buldogue francês!

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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Noites que prometem...


Apócrifo Bíblico

 - A arca de Pompilos -

No dia do diluvio, não apenas Noé estava pronto para sua missão, tão conhecida por nós. Do outro lado do mundo, o jovem Pompilos também dava os retoques finais em sua arca. Ele fora incumbido pelo Todo Poderoso de guardar o nome de todas as coisas da terra. E durante 40 dias e 40 noites, escreveu em seu estoque sem fim, o nome de tudo, absolutamente tudo.

"Oh Deus, podemos trocar a palavra virilha por chocetes?"

"Oh Deus, sexta feira é com 's' ou com 'z'?"

...

zzzzzzzzz

zzzzzzz


O Primeiro Grande Encontro Nacional de Pessoas Apelidadas de 'Mosca' (Mosca & Variações), realizado no botequim do Triunvirato, acabou em troca de tapas entre os presentes. Mais de 500 participantes foram mortos, a maioria espatifada no balcão.