quinta-feira, 8 de maio de 2025

A Dança espetacular dos Rodakovisk

"A Dança espetacular dos Rodakovisk"
Um Roteiro
de
Sérgio Ferrari
















Copyright © 2009 por Sérgio Ferrari
Todos os direitos reservados

"A Dança espetacular dos Rodakovisk"





FADE IN:

CENA 1

INT. – SALA – AMANHECER.


A MÃE ajeita o casaquinho de seu filho. A MÃE pega de uma mesa três livros, presos por um laço de elástico,...

CLOSE:

Na etiqueta do primeiro livro da pilha, com o nome LUCAS escrito a tinta preta.

VOLTA A CENA

... e encaixa-os debaixo do braço do garoto. Ela coloca as mãos em seu pequeno ombro e o vira em direção a porta que está aberta, revelando a rua e seus passantes. Dá um tapinha carinhoso nas nádegas de LUCAS. Este sai apressado pela calçada.

CENA 2

ext. - AVENIDA - AMANHECER.


LUCAS caminha a passos largos. Pequenino, ele desvia dos trabalhadores afobados. Ele para em frente a um grande muro que ladeia todo o percurso. LUCAS observa, com curiosidade no olhar, um JOVEM de boina e suspensório, arrancando cartazes coloridos das paredes e postes, com uma expressão de fúria. Os cartazes se estendem até onde a vista se perde.

CARTAZ:

$$$
HOJE NO ESPAÇO METRÔ-RETRÔ
A DANÇA
ESPETACULAR
DOS RODAKOVISK
$$$

CORTA PARA:


O JOVEM, de costas para LUCAS, vira seu rosto em direção ao garoto e sorri com a boca fechada. O JOVEM sai andando no meio da rua. LUCAS toca um dos cartazes a sua frente.

CENA 3

EXT. – BANCO DE CIMENTO/ESPAÇO METRÔ-RETRÔ - AMANHECER

LUCAS senta em um banco numa praça em frente ao espaço metrô-retrô.

POV (ponto de vista) DE LUCAS:


Ele olha para a entrada do grande salão. Deserto e gigantesco. Com um cartaz grande anunciando os RODAKOVISK.


VOLTA A CENA


LUCAS olha para os livros que sua MÃE lhe havia entregado. Ele aperta a pilha com as duas mãos e volta a olhar para a entrada do salão

POV DE LUCAS:


Novamente a entrada do Espaço Metrô-Retrô.


VOLTA A CENA


LUCAS esconde seus livros embaixo do banco, com a ajuda de algumas folhas secas. Ele endireita o corpo e fica parado com olhos expressivos.

FUSÃO PARA (Corte lento de uma cena para outra):

CENA 4

EXT. – BANCO DE CIMENTO/ESPAÇO METRÔ-RETRÔ – TARDE


LUCAS cochila no banco com o corpo caído de lado, quase tocando o assento. Ouvimos o murmúrio de pessoas e LUCAS desperta.


POV de LUCAS:

A entrada do Espaço Retrô Metrô esta repleta de pessoas, de vestes diferentes. Um senhor de cartola preenche seu cachimbo com fumo. Em volta, jovens e mulheres conversam animados. Uma fila começa a se estruturar. Um velho com uma bata azul puída, de grande porte físico, permanece isolado na entrada do Espaço, que é grande e angular.

VOLTA A CENA

LUCAS sorri e desce de um pulo o banco.


CENA 5


EXT. – ESPAÇO METRÔ-RETRÔ – TARDE


LUCAS se alinha por último na grande fila de pessoas que começam a caminhar para o interior do salão. Cada pessoa entrega ao VELHO de bata azul, um ingresso em forma de estrela dourada e desaparece adentro. LUCAS acompanha o movimento enquanto olha para cima, na direção da cabeça de cada pessoa a sua frente.


POV DE LUCAS:


Uma jovem senhora, trajando um vestido abaloado, gargalha para seu companheiro de camisa xadrez, enquanto empunha na mão esquerda um cigarro aceso numa piteira comprida. Adiante, um homem confere as horas em uma ampulheta. E a sua frente uma MOÇA morde uma maçã vermelha. Na frente da MOÇA, um HOMEM da estacadas no chão com a ponta da bengala enquanto caminha. Dois EXECUTIVOS ajeitam suas gravatas borboleta, um ajeita a do outro, ao mesmo tempo em que acompanham o caminhar lento da fila. 


VOLTA A CENA


LUCAS chega a entrada enorme do salão e a mão do VELHO de bata azul, abre-se espalmada em frente ao nariz do pequeno.







POV DE LUCAS

O VELHO tem um nariz grande e enrugado e seus olhos estão enterrados num quepe azul escuro. Sua boca é rachada e sua expressão é fechada.


VELHO

- HAUS BRAUS GRAUS TRAUS RER BRER GRER


VOLTA A CENA


LUCAS com os olhos assustados e a boca torta para baixo. Dá dois passos para trás e vira o corpo. Ele começa a correr de volta ao banco.


CENA 6



EXT. – BANCO DE CIMENTO/ESPAÇO METRÔ-RETRÔ – TARDE


LUCAS passa para trás do banco e observa de pé a entrada.


POV DE LUCAS:


O VELHO na bata azul cruza os braços e fica ao lado da grande entrada.Ouvimos um som ritmado de tambores e instrumentos de sopro. A grande porta é aberta com força e a mulher de vestido abaloado sai gargalhando histericamente, com lagrimas rolando pela face ruborizada. A porta ao se fechar lentamente, revela o interior. Um palco pequeno e adornado com objetos de varias culturas e das mais variadas formas. E ao redor dos objetos, dançarinos bailam em um desempenho rodopiante, com vestes bizarras e brilhantes.

VOLTA A CENA

LUCAS de boca entreaberta aperta a borda do encosto do banco para em seguida solta-la e caminhar novamente rumo a entrada. Com passos pequenos e cautelosos, LUCAS vai chegando cada vez mais perto. Com seus olhos direcionados a porta de entrada.



CENA 7


EXT. – ESPAÇO METRÔ-RETRÔ – TARDE



POV DE LUCAS:


Ouvimos o ritmo dos tambores e de uma flauta.
A porta é aberta mais uma vez. O homem da ampulheta sai do recinto com os cabelos desgrenhados. Arremessa a ampulheta no chão e sai correndo. A porta vai se fechando e revela um dançarino cuspindo fogo que logo é banhado por uma coluna d’água; a seus pés caem peixes pequenos e grandes. A porta fecha e cobre a visão.


VOLTA A CENA



LUCAS espreme as laterais de sua calça com as mãos pequeninas e continua andando.


POV DE LUCAS:

A porta abre novamente. Ouvimos o ritmo dos tambores de uma flauta e de um acordeom. A Garota da Maçã corre com as mãos tapando a boca e explode em vômito. A porta volta a fechar, antes revelando três dançarinas com longos e negros cílios, que se abraçam e se contorcem, soltando fumaça e bolhas de suas bocas. A porta finalmente fecha e cobre a visão.


VOLTA A CENA



LUCAS franje sua testa e esfrega seus olhos. Está quase diante da porta. O VELHO de bata azul movimenta o corpo na direção do garoto.


POV DE LUCAS


Ouvimos simbalos e um som grave de cordas e tambores. A abre e o amigo de xadrez sai cambaleante com as calças marcadas por urina. A porta, enquanto fecha, revela um dançarino careca caminhando graciosamente com uma cruz egípcia na mão. Sua cabeça balança de um lado a outro e uma dançarina o passa, saltando com leveza. A porta fecha. A cintura do VELHO de bata azul surge.




VOLTA A CENA


A mão grossa do VELHO de bata azul bate o rosto de LUCAS encaixando seus dedos por todo o contorno da pequena cabeça.


VELHO V.O. (Voice Over)

- GRAAAAUS BRAAAAAUS RAAAUS ROARRR


O VELHO impulsiona o braço e LUCAS cai para trás, chegando a erguer os pés do chão com a força do empurrão e seu corpo desliza para longe. LUCAS se ajeita de joelhos no chão, com olhos lacrimantes e cara de choro.


POV DE LUCAS:

A porta abre e o VELHO DE BENGALA sai com uma expressão furiosa.Ouvimos sons de tambores e cimitarras, simbalos, acordeom e uivos. Um dançarino vestido como um arlequim faz malabares e surge um corpo com uma túnica roxa e uma mascara horrenda no formato de uma meia lua muito grande. A porta fecha.


VOLTA A CENA


O VELHO de bata azul se coloca em frente da porta e cruza os braços. 


POV DE LUCAS:

A porta abre e ouvimos flautas e cordas graves. Por sobre o ombro do VELHO de bata azul surge um par de olhos vermelhos. Esse par de olhos vem se aproximando em direção ao VELHO e aumentam cada vez mais. Revela-se um rosto contorcido, alucinado, com o olhar esbugalhado e perdido, um homem da platéia, de cartola, as mãos para o alto, gritando.





PLANO SEQUENCIAL: (*nota: A idéia é que seja uma câmera que gire em volta desta ação, sem parar.)

(A) O VELHO de bata azul se assusta. Olha para trás e vê o homem correndo alucinado.

(B) O VELHO bloqueia a passagem com o braço.


(C) O homem alucinado morde com violência a mão do velho. O VELHO grita.

(D) Há muito sangue.

(E) O VELHO gira seu corpo com a força da trombada e cai no chão.

(F) O homem alucinado continua gritando em disparada ao horizonte, passando por LUCAS.

(G) LUCAS começa a correr em direção a entrada.

(H) LUCAS passa pelo VELHO estendido no chão.

(I) LUCAS para em frente à porta.


CENA 8


INT. - ESPAÇO METRÔ-RETRÔ


LUCAS abre a porta e passa para dentro do salão. Lucas deixa seu queixo cair.


POV DE LUCAS:

Os RODAKÓVISK encerram seu desempenho. Todos num semicirculo, estáticos em poses espalhafatosas. Ao centro um dançarino careca faz pose de reverência ao mesmo tempo em que sorrindo, olha fixamente para LUCAS. Ouvimos acordes decrescentes.

VOLTA A CENA

LUCAS olha para a platéia ao seu lado.






POV DE LUCAS:

Cada pessoa tem uma reação diferente. Homens mastigam suas gravatas, algumas mulheres choram copiosamente, outras... ...gargalham histericamente. Algumas gemem sexualmente. Alguns homens gritam, outros aplaudem com força. Outros estão em êxtase, babando e de olhos vidrados. Alguns rasgam suas roupas e outros se esbofeteiam.



VOLTA A CENA


LUCAS volta seu rosto para o dançarino.


POV DE LUCAS:

O dançarino careca permanece em reverência, sem tirar os olhos do garoto. Então, ele abre mais o sorriso e pisca com o olho direito.


POV DO DANÇARINO CARECA:

Uma mão grossa vem surgindo com um vulto corpulento e azul por detrás de LUCAS. A mão agarra o colarinho do garoto. LUCAS sai do Espaço Metrô-Retrô arrastado, com um sorriso enorme no rosto. Desaparece pela porta.


CENA 9

EXT. – ESPAÇO METRÔ-RETRÔ/CALÇADA – TARDE



O VELHO de bata azul, com um pano ensopado de sangue enrolado na mão que foi mordida, arremessa LUCAS para longe e volta para dentro do salão. LUCAS caminha trôpego, ainda com o sorriso no rosto, em direção a calçada. A mão de sua mãe surge agarrando a pequena orelha de LUCAS e a puxando com força. A MÃE, segurando os três livros presos com elástico e folhas secas, segue pela rua arrastando seu filho LUCAS, até desaparecerem no meio da multidão.


FADE OUT

FIM



segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Enquanto isso, no Circo Dias:

 "Herculano, você precisa passar no trailer da família para provar o espacate da mama!"

choraste?

 Aquele vira lata sarnento, carcomido, rabugento e que nunca teve um humano pra lhe amar, finalmente chegou ao céu dos cachorros. Na entrada, São Francisco afagou a cabeça dele e perguntou seu nome. Balançando o rabinho, não titubeou: "Meu nome é Passa!"

Mister Mago

 

O feiticeiro estava pronto. Após 5 mil anos de estudo, testaria seus poderes transmutadores na prática. 
Foi direto para um supermercado. 
 
Papel Higiênico, despapele-se!
E o rolo virou uma pasta de celulose em seguida um tronco de madeira. E o corredor tornou-se uma floresta.
Vinho, desvinhe-se!
E dentro das garrafas, uvas tomaram o lugar do liquido.
Manteiga, desmanteigue-se!
As manteigas viraram leite, perfazendo um rio no meio do estabelecimento
Picanha, despicanhe-se!
A picanha virou um boi bundudo, mugindo no corredor 6.
Nuggets, desnuggete-se!
Dezenas de pintinhos e minhocoçus embolaram-se no freezer, até transbordarem.
Atrás do mago, nada discreto com sua capa azul com bolas brancas fluorescentes grafadas, os clientes do mercado corriam desorientados e aos gritos. Um poilicial a paisana surgiu com a arma em punho na direção do mago.
"Abaixa no chão, tá preso!"
O mago:
Arma, desarme-se.
E a pistola derreteu na mão do paisana até virar um pedaço de rocha.
Policial, despolicie-se!
E o policial virou um bandido.
Passa a grana, mago otário.
Desbandide-se
O bandido virou um político.
Qual o problema? Talkey, mago?
Despolitize-se.
Virou bandido novamente.
A grana!
Desbanditize-se.
Político de novo.
Talkey, mago?
Despolitize-se.
Bandido novamente.
A grana!
Desbanditize-se.
Político de novo.
Talkey, mago?
Ué? Meus poderes falharam?
Não falharam! - Disse uma voz suprema vinda de um saco de batatas fritas congeladas. Era Merlin, o mestre dos magos. - Só não funcionam com redundâncias!

A primeira pendura da história e o primeiro fiado também. (Brasil, 1900's)

 


Seu Leleco, tô levando aqui hum quilo de farínea, mas estou exhausto de réis até a semana outra. O que fazer?
O que fazer, eu que pregunto, Madureira. Tal que tu não levar o pacote?
Ah, tive uma idea de prompto. Vês o varal aí sobre teu cocuruto?
O penduricalho de salames?
Perfecto, Seu Leleco. Signore, ao invés de pendurar salame, pendura a minha conta aí nesse varal, com minha assignatura bem notada. Que todo cavallieri que passar saberá o bife de minha dívida.
Pendurar no varal?
Pendura, Leleco.
Pendurar a conta?
Isso, Seu Leleco. To indo, viu?
... pendurar, então...
Até breve, Leleco!
...Oe...
 
NOUTRO DIA 
 
Tarde, amigo. Eis que me recomendam e cá estou. É esta a mercearia do signore Leleco Borbas?
Muito bem vindo, augusto cliente. Estas no local certo! Por onde posso servi-lo?
Cá pela frente, em minha boca! (rysos) Serve-me uma branca das boas.
Pronto!
Delícia. Estou arripiado.
10 merréis, meu dilleto.
Sim, sim... sim...sim... Vê a minha casaca? Ora, ora, a ponta anda a solta! Que cousa, hein? Podes segurar este fio, por obséquio?
Este?
Sim, sim... Aperta forte que vamos resolver. Avançarei pela rua e o senhor faz fiado dele. Está vendo?
Está a perder o trabalho da custura, quer que corte logo?
Não, só segure que vou até a praça pra ver se não me enganaram no tamanho.
Está desfiando, hein! Oi, senhor?
NÃO SE PREOCUPE, FAZ O FIADO QUE JÁ RETORNO!
Mas, meu caro... Bem, lá já foi! Ficaras sem teu casaco e ficarei com o fio fiado. Hummm... Mas... Oe...

O Gênio Brasileiro

 


Primeiro dia da Martha na repartição. Limpando a escrivaninha ela derrubou um pacote empoeirado da última gaveta. Assoprou a poeira e retirou de dentro um maço de cigarros Minister. Esfregou um pouco o plástico embaçado de bolor e um fumacê com cheiro de detefon invadiu o cubículo.
Perante a pequena funcionária surgiu um sujeito muito forte, envolto por uma bruma amarela e pálida; de bermuda cargo caqui, sandálias Jesus Cristo e gola V básica marrom da Hering. Martha assustou-se assim que a flutuante aparição pareceu pousar delicadamente no carpete grudento. Ela apanhou com dificuldade o óculos que voara atrás do monitor e assim que se posicionou de volta, o sujeito colou o cavanhaque em sua bochecha esquerda: - Preciso de um elástico.
Martha estremeceu os joelhos e pinçou ligeira uma meia dúzia de elásticos que dispunha na mesa. Soltou-os na palma dele.
—Tem direito a três desejos, Martha.
—Paz Mundial! - Quase se engasgou, pra em seguida rir ardida com um meio sorriso cor de palha seca. — Desculpa, piada ruim...
— Não, nunca um mestre pedira algo do tipo. Eis... Está feito, querida.
Ela já dava totó com o bico do salto na divisória de compensado, quando um pio de filhote de passarinho irrompeu sabe-se lá aonde e um improvável raio de sol fez brilhar um copo de água morna que estava perigosamente equilibrado num bloco de notas.
—Quero ser trilhardária, então. Já que é assim.
O gênio suspirou enquanto acertava o coque castanho com um dos elásticos. —Pode crer que já é, querida. E o último desejo?
Martha pensou com clareza nas suas possibilidades, descartando pedidos estéticos, principalmente por julgar serem desnecessários. Sendo assim, pediu aquilo que almejara apenas em um sonho longínquo. — Quero ser uma estrela de Hollywood!
O coque imediatamente lhe entregou um papel com numero de telefone. — Me add no zap, querida e vamos marcar uma sessão de fotos no meu estúdio. Vai ter vinho, Netflix, vemos então o que posso fazer. — Piscou e coçou o joelho, o que foi tão estranho (coçar o joelho) que quebrou um manto místico que pairava até então. Novamente uma bruma pálida amarela derramou-se no chão e o gênio saiu manso num moonwalk enquanto borrifava manualmente uma lata velha do próprio detefon.
— Amiga...? Oi, amada...? Aqui no alto.
Martha atônita olhou para os olhos inchados que a observavam no topo da divisória do cubículo.
— Me chamo Geise, sou a vizinha de trampo. Olha só, não liga pro Jeferson, ele manda essa história de gênio pra todo mundo. Não teve paz mundial, continuamos pobres e ele definitivamente só quer te vencer no mario kart lá na casa da mãe dele. Ainda achou essa porra de veneno dos anos 80 na gaveta nojenta desse muquifo. Ah, e vamos fumar esse minister no intervalo. cof, cof
— Cof, cof, cof.

variedades notáveis e bugigangas

 Andar com um dente de alho enfiado em cada narina, não é Extreme Body Modification!

O rei Midas tinha um irmão chamado Dasmi.
Todo ouro que Dasmi tocava virava camisa Lacoste e relógio G-Shock.
 
 
Fui num estabelecimento que só aceitava pedidos assoviados.
Era um Piando Bar


eau de toilette

COCE & CHEIRE